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Segunda-feira às 23:30

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A Copa do Mundo é nossa! (mesmo)



Porto Alegre será uma das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.
O anúncio foi feito em Nassau, nas Bahamas, neste domingo. A confirmação da capital gaúcha já era esperada, mas nem por isso deixou de ser comemorada, com uma festa que reuniu centenas de pessoas no Parque da Redenção, apesar do frio. Também foram selecionadas as cidades de Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Apenas um estádio receberá, em Porto Alegre, os jogos da Copa de 2014, e tudo indica que o Beira-Rio deve ser o escolhido, em função de a sede do Inter já ter passado por vistorias e avaliações do comitê da Copa do Mundo. No mínimo 3 partidas devem ser realizadas em PoA, não havendo garantia de quais jogos ou em qual etapa (além da 1ª fase) eles acontecerão, nem mesmo se o Brasil jogará aqui.
A Copa só se realizará daqui a 5 anos, entre junho e julho de 2014 (as datas ficam definidas após a Copa de 2010), mas começará a modificar a rotina da capital bem antes disso. Não apenas
o estádio Beira Rio passará por reformas para que atenda às exigências da FIFA, e sim a cidade inteira mudará para se enquadrar no "padrões da FIFA". Estão previstas a ampliação do aeroporto Salgado Filho, a duplicação de avenidas, a construção do primeiro trecho do metrô, a revitalização do cais do porto, entre outras obras.
A partir de agora, a prefeitura busca apoio do governo Federal e Estadual, além de fazer parcerias com a iniciativa privada para melhorar infraestrutura, trânsito, rede hoteleira, segurança, entre outros pontos cruciais para o êxito deste megaevento do futebol mundial.
Em todo o Brasil, a competição exigirá investimentos previstos de R$27 bilhões (é muito dinheiro!), e há prazos a cumprir: até agosto, todas as licitações para as obras terão que estar em andamento.
Diante disso, fica a pergunta: por que tivemos de esperar por uma Copa do Mundo para que os governos façam, finalmente, obras de que as cidades precisam a muito tempo?

domingo, 31 de maio de 2009

Maísa, mais conhecida que qualquer ministro.



Estava tirando o atraso de leitura de blogs ontem e acabei caindo em uma discussão acirrada por uma causa que, na minha opinião, é uma enorme besteira.
Vi no Sedentário e Hiperativo uma postagem sobre a Maísa se assustando com um garoto fantasiado e maquiado como se fosse um zumbi.
A menina é uma criança como qualquer outra e tem seus medos, um deles é medo de monstros, o que fez ela se apavorar quando o garoto entrou no palco.

Muitos desaprovaram o acontecido colocando a culpa no próprio Sílvio, que segundo alguns se aproveita de uma criança indefesa. Outros dizem que ela é uma criança chata e mereceu o acontecido. Mas ninguem parou para discutir que foi uma gafe comum quando se tem uma garotinha como apresentadora!

Claro que isso não se encaixa com o comportamento besta da maioria dos internautas.
Não sei se você ja percebeu, mas todos temos a tendência de nos posicionar de um lado ou de outro, e defender com unhas e dentes nossas opiniões, sem ter certeza do que estamos falando. Defendemos pelo prazer de ter a nossa opinião como certa e nem chegamos a escutar a opinião dos outros!

Eu pessoalmente prefiro apenas rir do acontecido. Pode ter sido armado, poder ter um script, pode ser uma vingança do silvio pelo caso da peruca ou mesmo ser ensaiado a Pequena Maísa ser apenas uma atriz. Sinceramente isso não faz diferença. Cada um vai ter o seu ponto de vista e lutar por ele independente dos outros.

Será que um dia vamos ouvir mais e palpitar menos?

UPDATE
Maísa tem alvará cassado

Ok, chegamos ao fundo do poço.
Para acabar com a polêmica (ou colocar mais lenha na fogueira) a justiça resolve não deixar mais a menina ir ao ar.
Será que os traumas dela serão maiores do que os da menina chorona de uma antiga novela da globo? Ou ainda maiores que o do garoto do filme sexto sentido?
Talvez então dos garotos que trabalharam no filme cidade de deus quando eram crianças?

Pois bem, dos brasileiros, que eu me lembre, independente da atuação quando crianças, eles se torenam atores no futuro, e ao atingir a idade adulta usam a aparição na mídia que tiveram na infância como curriculum para conseguirem melhores papeis.

Acredito que tanto os pais da menina, quanto os que gostam dela ou até mesmo ela quando fizer seus dezesseis anos e poder trabalhar legalmente, vão desaprovar a atitude dessa juíza. Acredito que essa decisão seja tomada por uma crença pessoal e esteja muito pouco preocupada com o bem estar da criança em questão.

Combater o trabalho infantil é uma necessidade seríssima do nosso país, mas tenho certeza que os meninos cortadores de cana, fabricantes de tijolos catadoes de lixo deveriam ter muito mais atenção do que nossa pequena aprentadora.

Na avenida que passo todos os dias na volta do jornal para minha casa vejo meninas que não aparentam mais que 16 anos vendendo seu corpo para conseguir dinheiro. Adoraria que a Promotoria, a Vara da Infância e até mesmo a Meritíssima Juíza em questão visitasse esse local e varios outros espalhados pelo país ao invés de se preocupar tanto com uma que está em segurança dentro de um estúdio de televisão, cercada de cuidados e bem perto do alcance do colo cuidadoso de sua mãe.

Ou será que meninas que vendem o corpo nas ruas são menos importantes do que apenas uma que vende sua graça na TV?

terça-feira, 26 de maio de 2009

Palpite Cultural


Sobre Teatro! O espetáculo CORTE

Vivemos num mundo meio que de cabeça pra baixo. As coisas passam por nós tão rápido e com tanta informação que não temos sequer tempo para assimilar seus sentidos. Todos perdidos e ao mesmo tempo presos num emaranhado de obrigações morais e convenções cotidianas.

Num determinado momento as luzes se apagam e cessa o movimento dos atores. Um silêncio, ninguém sabe se acabou, ou se esse silêncio faz parte do roteiro. De repente, sem ter muita certeza, alguém no público aplaude, seguimos o corajoso. Foi o fim.

Saímos do teatro vazios de pensamentos e tremendo de emoções ainda não definidas. A intensidade das interpretações, a grandiosidade do cenário e a genialidade ali apresentada, choca. Não notamos o final, não sentimos o corpo caminhar, sair do lugar. “Não entendi nada” é a primeira coisa que vem a cabeça. Precisa de tempo, tempo para assimilar, logo tudo faz sentido, “entendi”.

O corte dói mesmo. Evidencia muita coisa que não paramos pra pensar e machuca porque não trás soluções. Vemos o passado e o passar do tempo. Dá agonia ver aqueles seres perdidos, presos. Os gritos que ouvimos não saem do palco, mas do público. De dentro de cada um. As fraquezas humanas expostas ali, sem julgamentos. Apenas a exposição do que fica por dentro.

É um daqueles espetáculos que não podemos deixar de ver. Não por ser a grande sensação do mundo cult-intelectual-paga-pau. Mas porque realmente corta. E se precisamos de alguma coisa nesse mundo maluco, é de um basta. De um corte, de uma dor insuportável que nos faça parar e por fim, depois de tanto tempo sem fazer isso, pensar.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Obama é POP.


O rei Obama destronou a rainha Elizabeth, tornando-se o mais pop monarca do primeiro mundo. Agora, o “império do mau” foi conquistado, livrado das garras do terrível Bush, e, no que depender do presidente camarada, todos os súditos terão tratamento VIP e o império passará a ser chamado de “império arco-íris”, onde vai imperar somente a paz e o amor.Dentre os súditos contemplados estão, primeiramente, o bonachão do trópico sul, Lula; passando pelo indígena cocaleiro, Evo Morales; o eterno senhor dos charutos, Fidelito; e chegando, até mesmo, aos terroristas perversos, mas ainda sim humanos, da desumana prisão de Guantánamo – herança dos restos mortais da dark era Bush.Estas são só uma pequena fração de tudo o que – em tese – está sendo feito pelo presidente mais humano de toda a história dos states. No entanto, há de se ressaltar que o Estados Unidos é o pais de Hollywood e de muitos dos “queridinhos da América”, e que, diferentemente da linearidade e superficialidade dos personagens que o ocidente tanto idolatra, a vida real é uma Tragédia Grega, com personagens esféricos e complexos; o mocinho não é mocinho até o final da trama, e o vilão, muitas vezes, transparece traços de hombridade.Por mais que seja difícil de desassociar, quem está no governo não é Luther King, ou a heroica juventude revolucionária. Quem está no poder são os mesmos velhos senhores da guerra da velha política conservadora e intransigente norte americana. Ainda que dessa vez a maquiagem e jogo de luzes tenha ajudado, Obama é o mesmo clichê “american way of life”. O presidente pop, nada mais é do que a Elizabeth Sam. De que adianta QUERER fechar Guantánamo se o judiciário diz não PODER; de que adianta QUERER uma aproximação da ilha dos charutos se a política externa diz não PODER; de que adianta QUERER firmar pactos com as nações subjugadas se o imperialismo diz não PODER?E nesse jogo de palavras entre poder e querer é que o mundo vai assistindo ao velho filme midiático: o povo vê o que [eles] QUEREM revolucionar, e o PODER mantém tudo em seu devido e apropriado lugar.